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17 agosto 2013

Inocência

A flor que inspira a pena
Empresta ao poeta sua alma
Arrefece o furor da cena
Ameniza, abranda,  acalma

E o poeta, inda que cedo
Faz pesado o entardecer
Um sentir que, até por medo,
Cuida a flor não esquecer

Do milagre rubro ou verde
Em gabar-se a natureza
"- Não perguntas! Vai e vede!"
Quão sublime a tua grandeza

E ao findar do pensamento
Com a pena já a descansar
Tal qual pássaro agourento
"- Mas...inda há o que pensar."

Só então, sagaz menino
Ri-se, só,  da confusão
"- A final, á quem destino?!
Ao pensar ou ao coração?"

(Anderson)

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