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30 outubro 2013

Breve analise da Sociedade Mundial Contemporênea

"... O que vou fazer com essa tal liberdade..."
(credo, nunca pensei que iria usar letra de pagode...)
         Vivemos em um tempo onde a locução "liberdade de expressão", de tão batida e mal aplicada, já nem tem mais sentido real. Até por que, não há mais motivo  para tal, uma vez que vivemos em um mundo livre das ditaduras e censuras de outrora. Hoje o que temos visto por ai é uma liberdade de ação, de pensamento, de posicionamento (seja qual for o cunho deste posicionamento, do político à opção sexual), ou seja, está mais para "liberdade total".  Essa poderia muito bem tratar-se de uma premissa à ser defendida por algum antropólogo modernista. Mas eu pergunto: será? Será essa liberdade contemporânea, livre de qualquer limite, preceitos ou "preconceitos", algo positivo de verdade? Será real? Até onde se pode confiar nessa promessa, e digo mais, feita por quem? Seria esta uma simples etapa da evolução do pensamento humano? Teria alguma substância palpável?  Algum conteúdo plausível? Todos dizemos o que pensamos, porquê é nosso direito. Fazemos o que queremos, por que alguma lei nos ampara. Vamos aonde quisermos, pois já não existem fronteiras que nos detenham ( à não ser alguma guarda fronteiriça de algum país extremista qualquer. Esses não deixam passar! ), sejam elas virtuais ou geográficas, nada está livre de nosso alcance ou nossa gana.
            Está em voga hoje todo e qualquer assunto que diga respeito à princípios e valores, sejam eles quais forem: religiosos, sociais, culturais, políticos. Tanto faz o tema, o interessante é se posicionar! A favor ou contra, o que vale é o debate, que nunca esteve tão na moda. E, convenhamos, exceções à parte,  é sofrível observar o quão rasos somos ao nos "debatermos" por ai com esses assuntos, dos quais estamos cheios de argumentos "emprestados", sem fundamentação real, dos quais sabemos tudo pela bendita internet, sem experimentação alguma, apenas embasados em hipóteses e "achismos". Particularmente, não vejo nada de glorioso em tentar, à qualquer custo, enfiar goela à baixo uma opinião, sobrepondo-me aos outros e levando em conta apenas os argumentos que me sejam convenientes. Sim, pois essa é a definição de debate mais adequada que posso dar em vista do que se vê por ai hoje em dia. Além do mais, um debate, por mais saudável que seja, muito dificilmente ( só para não dizer que é impossível...) suscitará alguma terminação. Quando muito pode servir para influenciar os "fracos de pensamento", podendo levar à alguma conclusão precipitada, na maior parte das vezes.  
O fruto de um debate!
            Excepcionalmente, esta é uma forma de comunicação bastante apreciada, e aceita,  em nossa cultura pop moderna. E são nesses debates, virtuais ou não, onde podemos perceber as sutis ( ou nem tanto, pra falar a verdade...) demonstrações de como as pessoas se beneficiam da tal liberdade total que me referi logo acima. Valores e princípios que antigamente eram tidos como perenes, universais, eternos, hoje, graças ao "avanço" do raciocínio humano, nada mais são do que meros conceitos, na maior parte das vezes considerados ultrapassados. Se muito, podem ser vistos, de uma maneira vergonhosamente pejorativa,  como velhos preceitos ditados por algum ancião senil ou por uma cultura arcaica qualquer. Temos orgulho de nossa 
formação erudita, à qual sobrepuja implacavelmente quaisquer menções de algo que venha a arranhar nosso esmalte intelectual. Nem vou falar dos movidos pela pura ignorância... Enfim, como em um jogo, optamos pelo que nos é conveniente, baseados em experiências superficiais, somadas à uma incontrolável necessidade de saciar nossos desejos e ambições, por vezes guiados por um  instinto individualista, mas na maior parte do tempo influenciados pela opinião alheia. E assim escolhemos as "peças" que melhor se encaixem com o perfil "fake" que definimos para nossa vida. Enquanto isso,  conceitos reais, ou como prefiro chamar costumes,  tal qual o respeito e a gentileza, parecem ser hoje, de maneira incrivelmente inversa,  fatores desconhecidos pela maioria, ou pior, definidores de caráter fraco e deficiente, praticamente ofensivos ao nosso tão singular e gigantesco ego.

There's something wrong, mommy...
            Á primeira vista, tudo o que disse pode parecer tendencioso e carregado de preconceito. E talvez seja mesmo, tendo em vista os novos valores que foram e estão sendo implementados humanidade à fora, como um todo. Infelizmente ( ou felizmente!), simplesmente não consigo engolir tudo isso assim, "numa boa legal". Não há como deixar de questionar toda essa revolução sócio/cultural ou seja lá como quiserem denominar esta anarquia instaurada e legalizada que toma conta de todos os âmbitos de nossa sociedade contemporânea. Não é por que um comportamento, qualquer que for,  se tornou comum que automaticamente ele será natural! Ou será que sou eu que está com a visão turva, e todo o resto está certo? ? ? Desde quando violar o direito de todos em prol do benefício de alguns é "defender os necessitados"? O respeito é ao mesmo tempo um direito e um dever, que fique bem claro. Quanto maior o numero de leis,  maior o sofrimento de quem está sujeito à essas mesmas leis, já disse algum sábio... Existem coisas, antigas, que, se forem simplesmente abolidas ou ignoradas, trarão apenas o caos, onde quer que seja. Há muito tempo já que aprendi o seguinte: o que é errado, sempre será errado, mesmo que todo mundo faça; o que é certo sempre será certo, mesmo que ninguém mais o faça. Aonde está nos levando toda essa liberdade indomável? Já parou para pensar? Se não parou, deveria. Um último conceito bem simples , porém  universal: se não sabe pra onde está indo, como vai saber quando chegar? Só não me venham pedir para definir o que é certo e errado. Debatamos ( ou, debatemo-nos...) menos e reflexionemos mais. Ai, quem sabe, da reflexão saia alguma luz verdadeira.
Old fashion? Talvez,  mas: "Some things never change..."

22 outubro 2013

Feliz Aniversário


Happy birthday to you...
Um dia ordinário para se celebrar
Um dia comum como outro qualquer
Sem motivo concreto ou ilusório sequer
E mesmo querendo não há como olvidar

Aos tolos otimistas cativos da aparência
Um número à mais às muitas primaveras
Já os sábios do tempo que cruzam as eras
Descontam um dia no contar da existência

E aqui fico inerte, nem sábio, nem tolo
Buscando no alheio um ingênuo consolo
Perdido nas contas que a vida fatura

Talvez até chore, improvável que ria
Na falta do alento recorro à sabedoria
E que o tempo de conta de tanta amargura

                                                                                                  (Anderson)

11 outubro 2013

Provérbios

Dói mais a palavra contida que o verbo espargido
Inda que haja a máxima há muito pensada
Do arremesso da pedra ou da seta lançada
Se o falador der lado ao seu silêncio contido

Pois há os que com as mãos até fazem palestra
E os que com a boca ponderem a existência
Há os tansos do riso e os glutões da demência
E há poetas perdidos, palhaços sem festa

Sem nada a temer pois o medo é bem-vindo
Qual fogo à queimar, selvagem, sorrindo
Mais um combustível que um mero percalço

Assim segue o ciclo da vida escrita à mão
A insaciável vontade da pena do ermitão
Que torna e retorna, seguindo no próprio encalço

(Anderson)

06 outubro 2013

Trova do Buscador

Ainda procuro, pelo que nem sei direito
Mas procuro
Busco por algo que nem sei onde
Nem por onde anda
Pelo simples impulso da busca
Fazendo da busca o próprio impulso
E ando, e ando, e ando...
Pois se paro nem sei onde estou
E menos quem sou
Por isso ando, e ando, e ando...
Sinto que o faço em círculos
De um início que vai longe
Tão longe que ainda posso tocá-lo
Com um final que está logo ali
Tão perto que nem consigo vê-lo
E o tempo se esvai enquanto busco
Buscador que sou, ou que estou
Vejo os segundos morrendo
Sem nada poder fazer
Ainda que queira, sem querer
Fazendo da busca um pretexto
Desculpa para seguir buscando
Enquanto a inalcançável verdade
Impressa em meu ser
Continua como troféu aos fortes
Aos homens de vontade férrea
Que não perdem tempo buscado
Pois enquanto nos elemos à procura
Perdemos de vista o objetivo real
E o achado se torna impossível
É então que a busca e buscador
Em uma amálgama inquiridora
Torna-se uma prisão sem muros
Invisível aos olhos da carne
Sofríveis à visão da alma
Prendendo o buscador à sua busca
Em um ciclo sem fim
Qual cão correndo atrás da própria cauda
Como um vício incontrolável
Invencível e sutil
Que ao mesmo tempo que move
Aprisiona e instiga
E em meu barco, à deriva
Continuo a ver ao longe uma silhueta
Num horizonte distante
Em meio ao nevoeiro
Ora me alegra qual terra à vista
Ora me assombra como um monstro marinho
E assim vou
Andando, remando, seguindo
Com a inebriante e inventiva sensação
De um dia chegar à algum lugar

(Anderson)

04 outubro 2013

Quimera

Essa noite  tive um sonho...
Sonhei que podia voar
Cortando os céus de um horizonte à outro
Sentindo a brisa da liberdade batendo em meu rosto
E como criança eu brincava e sorria
De alegria, medo e euforia
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que tinha uma estrela
E com ela iluminava todo o universo
Extinguindo para sempre todas as trevas que houvessem
E como criança eu olhava e sentia
Com alegria, medo e satisfação
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que o mundo era paz
Que as pessoas se amavam e se respeitavam
Sem malícia, sem arrogância, sem ganância, sem maldade
E como criança eu amava e agradecia
Com  alegria, medo e emoção
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que era um titã
E o mundo todo cabia na palma da minha mão
E que me fora dado o poder de decidir o futuro do homem
E como criança eu  hesitava e temia
De alegria, medo e dúvida
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei com solidão
Que andava à ermo em meio a uma multidão sem fim
Com pessoas sem rosto que me cumprimentavam como máquinas
E como criança eu  chorava e corria
De tristeza, medo e desespero
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho


Essa noite tive um sonho...
Sonhei que estava frio, muito frio,
E o frio provinha das caveiras ao meu redor,
Um ar gélido que congelava, desde o coração até a alma.
E como criança eu calava e tremia
De tristeza, medo e dor
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que era feliz
Que soltava gargalhadas sem motivo aparente
Como um louco desvairado, transbordando de alegria e felicidade
E como criança eu pulava e cantava
De alegria, amor e paixão
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que fui ao céu
E lá havia um ser, num trono bonito cercado de anjos
E me fitou com ternura, tirando-me todas as dúvidas com apenas um olhar
E como criança eu acreditava e via
Com alegria, coragem e inocência
Mas no fundo eu sabia...
Sabia que era apenas um sonho

Essa noite tive um sonho...
Sonhei que não tinha mais sonhos
Que o mundo era caos, que estava sozinho, preso, perdido na escuridão
Que o sol se fora, que não podia sorrir, que estava frio, que era pequeno
E como criança eu chorava. Só chorava
Com medo, dor, desespero. Desânimo
Pois não sabia se no fundo...
Aquilo era apenas um sonho...

Essa noite... Não sonhei
Mas tive uma visão, ou talvez alucinação
Vi um velho homem, sujo e maltrapilho , arqueado com o peso da sabedoria
Que disse :“A esperança é o alimento da alma.Quando ela faltar, todo o resto padecerá.”
E como criança eu novamente chorei
Mas desta vez de alegria, otimismo e segurança
Pois agora sei que os sonhos jamais vão acabar
Enquanto houver esperança...

(Anderson)

01 outubro 2013

Sociedade dos poetas vivos

As vezes sempre...
Disseram que a poesia é uma linguagem universal. Bom, não sei ao certo se disseram, ou se, como costuma escrever um amigo, "li por ai". Na verdade estou em duvida se vi isso em algum lugar mesmo ou inventei... Como costuma dizer outro amigo, "whatever". Em todo caso, isso é algo bem interessante. Se é realmente universal, raramente ela é como o inglês, que dizem ser a língua universal contemporânea, onde todos sabem do que se trata, alguns falam/leem /escrevem e poucos dominam ( numa comparação com o todo da população, que fique claro). Mas na maioria do tempo ela, a poesia, pode ser comparada mais fielmente com o latim, que também é uma língua que já foi universal. Ou pelo menos bem difundida, e hoje sequer é oficial de povo algum. Ou seja, língua morta. Ou morta-viva, segundo discussões de alguns linguistas mundo a fora, em virtude da mesma ainda ser estudada. Na prática poucos falam/leem/escrevem e raríssimos dominam. Exatamente como acontece com  poesia, esta pobre órfã pobre. Poético isso... Não! Tosco.
A escrita que prolifera e predomina na sociedade contemporânea, sendo praticamente um monopólio intelectual (ou nem tão intelectual assim...) é o texto comercial. Particularmente tenho sérias reservas quanto à escritos "comerciais", ainda que já tenha sucumbido umas poucas vezes à ela no passado. Me refiro a textos em geral, poemas, propagandas, letras de musicas ou poesias ( essas menos...) desenvolvidos intencionalmente para agradar as massas. Feitos pra vender. Pop. Às renego por princípios... Talvez. Mais provavelmente porque não me agradam mesmo. Para ficar mais claro, chamo de comercial os textos intencionais, encomendados, direcionados. É como um discurso político, onde cada palavra, cada frase e cada expressão são meticulosamente elaboradas no intuito de manipular as reações dos ouvintes/expectadores. Sem inspiração alguma. Ou , pior ainda, são simplesmente cuspidas num papel ( ou em uma tela ) sem nenhum cuidado, e , não especificamente no caso de discursos, pode se até identificar uma ou duas rimas esdrúxulas e sem o menor sentido.
Utopicamente real
Em tempos atuais é ridiculamente fácil nos depararmos com tais textos. Identificá-los então chega a ser ofensivo de tão simples. O expoente máximo desse sacrilégio literário que toma conta do mundo hoje é a música, seja ela nacional ou internacional. Sinceramente não consigo definir exatamente o que sinto ao ouvir uma letra de música dessas que estão nas paradas de sucesso por ai. É um mix entre pena, tristeza e revolta. Não da nem para dizer que é raiva, pois é tão medíocre que sequer consegue despertar um sentimento de magnitude tão forte como os da ira. Não vou definir nenhuma categoria musical aqui, pois essa calamidade literal é como um vírus letal, que se propaga indiscriminadamente por quase todos os gêneros musicais, infectando qualquer um que desavisadamente se exponha aos seus efeitos nocivos. Não é uma questão de ser ou não eclético, musicalmente falando. Estou falando de conteúdo, de sentido maior. Não de ritmo ou melodia, o que também é importante, mas não primordial. Palavras não são mais sentidas, são selecionadas, num processo industrial, frio e mecânico. As rimas tem que ser "quentes", não belas. A música tem que causar estrondo, não tocar no fundo profundo de nossa alma. E quando toca  ainda é de forma a despertar sentimentos inferiores, os quais infelizmente sequer sabemos identificar, quanto mais definir. A questão é que parece que fazemos parte de uma nação ( ou toda uma humanidade!) de débeis-mentais, sem senso algum de profundidade existencial, sem noções básicas de cultura, de valores reais e perenes, ou, sendo mais radical, providos de uma inteligência intelectual duvidosa. Nem falar em inteligência emocional, pois logo veem os entusiastas do neo-romantismo para defender a causa. Esses do "pega-me-pega", das declarações de amor em público ( de preferência bem alto, num love-car ) ou de perfis de rede social compartilhado (aqueles que ao invés de estar escrito no nome do perfil "Adão da Silva" está la: "Adão e Eva da Silva". Vai saber, de repente são siameses...) Emfim, romantismo hoje tem mais a ver com melodrama de novela ou seriado do que com suas reais origens, as quais por natureza já são de certa forma afetadas por se tratar de uma visão fantasiosa da realidade, muito mais afetadas atualmente, diria, e sinceramente não vou ficar aqui discorrendo, mas se quiserem uma definição formal, ta ai no link. Se já tenho ressalvas sobre o romantismo clássico, esse que permeia nosso ar hoje então, ah, me perdoem, mas é completamente intragável.
Fica a expectativa de que os "poetas mortos" da
 sociedade ressurjam de suas alcovas bancárias...
Mas falávamos sobre poesia, e para não perder o foco, voltemos ao assunto. Em verdade, não conheço muitos poetas nos dias de hoje. Conheço uns quantos pretensiosos, e nem próximos à mim são, por sinal. Mas tenho dois grandes amigos, estes sim próximos, que merecem levar esta alcunha. E com mérito. Um é poeta clássico Giovano Ferreira), mestre de rima e senhor das analogias fantásticas, e inclusive já figurou neste humilde blog dando a graça de uma de suas poesias. Em breve postarei outra, com o devido consentimento desta vez ( rsrsrs ). O outro, um grande escritor anônimo ( por teimosia!), domina a escrita livre com seus textos épicos orientais de forma mestral (Adelir Baldin). Infelizmente os dois parecem ter aposentado a pena... Se não for assim, estão guardando suas obras para si mesmos, pois à tempos não leio nada de ambos. Uma lástima, pois seu potencial é incrível. Entretanto eu os compreendo, entendo sua clausura literal. Pelo menos acho que sim. Nossas vidas passam em ritmo acelerado, como se o fast-foward estivesse ligado o tempo todo, e sem botão de off . Mal temos tempo de cumprir com nossos deveres profissionais e pessoais, e muitas vezes ainda tem os sociais. Isso quando não temos outros deveres extras, como políticos ou quem sabe os "extra-conjugais" ( há quem diga que estes também são sociais, ou até pessoais... ) e, por que não, os ilegais ( hoje é comum). Questão de prioridade, alguém pode falar. Concordo. Tempo é questão de prioridade mesmo. Mas o fato é que não há mais tempo para a poesia. Não é mais tempo de poesia. Já houve um, mas vai longe. Falar em prioridade nesse caso então, seria como arrumar tempo para estudar ufologia ou atividade paranormal. E tenho certeza que desses três itens a poesia ficaria em terceiro lugar  na ordem prioritária, bem longe do segundo, qualquer que fosse.
Alguem pode apontar o erro???
Mas a palavra de lei hoje é sim prioridade. Entretanto, essas prioridades é que me preocupam. Ninguém sequer tira um tempo para ler uma poesia, quanto mais saber "para que serve". Pois eu digo para que sere. Para nada. Nada disso que estamos acostumados a ver, provar e por preço. Nada que se possa estipular um valor. Nada que se possa medir. Existe para ser admirada, sentida, vivenciada até. Mas não entendida, catedraticamente falando. "A poesia é o alimento da alma", segundo Artur Moreira. Simples assim. No entanto, hoje pena e espada tem o mesmo peso e medida, como dantes, mas não servem de muita coisa, que não de ornamento em museus empoeirados. Mas é assim mesmo , acho... E assim caminha a humanidade, com uma perna manca e outra faltando, toda estropiada e de marcha a ré, mas sem perder a pose! Não creio que os passos sejam de formiga, na verdade estão mais para saltos de puma. O problema é a direção em que está indo...