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25 outubro 2015

Alívio

O "Ciclo Sem Fim":
Começo...
Num furor de impulsos mil
A momentânea cegueira
Saca fora o ser gentil
Dando vazão a leseira
Evocando a besta-fera
Que adormecida espera
O momento de alçar bandeira

Com as emoções explodindo
Da razão brevemente privado
Qual besta selvagem ferindo
Seja inocente ou culpado
Destruindo sem perceber,
Querendo... Mas sem querer,
Tudo que há ao seu lado

... Meio...
E de repente... Vem a calma 
Da ira tirando o efeito
Se apossando da exausta alma
Aliviando a dor no peito
Devagar, sem alarido
Soprando ao pé do ouvido:
“Tudo bem... Dar-se-á um jeito”

É como luz fraca no escuro,
Que alumia bem ao fundo
Sombreando o vau do muro
Qual luzeiro moribundo
Bruxuleia e quase some
Em lufadas se consome
Num lampejo doutro mundo

Talvez seja o tal sentimento
Que ao crente é combustível
E ao ímpio folhas ao vento,
Abstrato e incompreensível
Ou quem sabe seja apenas
... E fim. (?)
Uma estrela, das pequenas,
A brilhar no firmamento

Mas eis que ao final do bordão
A sensação de alívio que resta
Elixir para o coração
Não vem sozinha pra festa
Ao final, e isso é certo,
Quando a besta não mais está perto
Só resta... Implorar por perdão

(Anderson)