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17 agosto 2013

Dueto de Poesias

As poesias em voga nesta postagem são muito especiais para mim. A primeira, de minha autoria, intitulada 'A Palavra', escrevi para um amigo muito especial, em seu aniversário, o qual não lembro a data e nem quantos anos este fazia na época, mas creio que foi por volta de 2001 ou 2002.  A segunda, ainda mais especial, foi a resposta que este meu grande amigo me deu, magnificamente, em forma de poesia. Ao meu grande amigo Gil, mestre e poeta, em homenagem. 


A Palavra


Pensei em dizer colega,
Mas não vi um significado mais forte.
An old friend...

Pensei em falar companheiro,
Mas não havia sinceridade real.

Pensei em nomear de parceiro,
Mas não percebi cumplicidade suficiente.

Pensei em gritar "camarada!"
Mas não senti um tocar mais profundo.

Pensei em chamar de irmão,
Mas não notei um sentido maior.

Perguntei então à um sábio,
Mas o douto nada me disse.

Procurei em choupanas e catedrais,
Mas destas, só o mistério.

Indaguei aos pássaros e aos vulcões,
E estes nada me contaram.

Listei o alfabeto inteiro,
Todas as línguas estudei.

Letra por letra aprendi,
Cada símbolo decifrei.

Então procurei entre os livros
E haviam milhões de palavras.

Das milhões escolhi só algumas,
E entre estas, sagrei as mais belas.

Dentre as belas, poucas priorizei,
E destas uma elegi.

Então parei para contemplar
Meu achado tão precioso

E eis a minha inocente surpresa,
Quando de súbito reparei,

Que a palavra que tanto busquei
Com furor e perseverança

Estava ali, bem no início
De qualquer livro infantil.

Mas que seu verdadeiro significado
Não há como medir, não com palavras.

Ou gestos. Ou atitudes.
Ou qualquer que seja a maneira.

Pois seu real sentido está em tudo,
No olhar, no aperto de mão, no sorriso.

No choro e nas discussões.
Até mesmo no simples e puro silêncio.

E a esta pequenina palavra,
Com valor imensuravelmente sem medida,

Rendo meus momentos mais especiais.
E assim te nomeio: Amigo.

(Anderson)




Resposta a um amigo

"Uma poesia que veio pontuar. E Pontuou, na busca do ponto"

Minha alma acampa no cume
Do monte da alegria,

E, no ápice da mais alta montanha
Do vale da felicidade,

Um tipo especial de amigos!
Chega-me o eco, numa voz conhecida,
Da mais perfeita das palavras,

O amigo que ressoará para sempre
Em minha existência

-"O que responder-te?" - perguntei-me

Ora, tomo da sapiência da tua
Inefável busca,

E da poesia que vem pontuar,
E pontua, na busca do ponto,

Em minha única e possível resposta:
Amigo...Grande Amigo...
E que o eco ocupe o vale todo,
E que siga até seu encontro,
E já... E assim...
E sempre...
E ponto.

(Gil Ferreira)

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