As poesias em voga nesta postagem são muito especiais para mim. A primeira, de minha autoria, intitulada 'A Palavra', escrevi para um amigo muito especial, em seu aniversário, o qual não lembro a data e nem quantos anos este fazia na época, mas creio que foi por volta de 2001 ou 2002. A segunda, ainda mais especial, foi a resposta que este meu grande amigo me deu, magnificamente, em forma de poesia. Ao meu grande amigo Gil, mestre e poeta, em homenagem.
A Palavra
A Palavra
Pensei em dizer
colega,
Mas não vi um
significado mais forte.
Pensei em falar
companheiro,
Mas não havia
sinceridade real.
Pensei em nomear
de parceiro,
Mas não percebi
cumplicidade suficiente.
Pensei em gritar
"camarada!"
Mas não senti um
tocar mais profundo.
Pensei em chamar
de irmão,
Mas não notei um
sentido maior.
Perguntei então
à um sábio,
Mas o douto nada
me disse.
Procurei em
choupanas e catedrais,
Mas destas, só o
mistério.
Indaguei aos
pássaros e aos vulcões,
E estes nada me
contaram.
Listei o
alfabeto inteiro,
Todas as línguas
estudei.
Letra por letra
aprendi,
Cada símbolo
decifrei.
Então procurei
entre os livros
E haviam milhões
de palavras.
Das milhões
escolhi só algumas,
E entre estas,
sagrei as mais belas.
Dentre as belas,
poucas priorizei,
E destas uma
elegi.
Então parei para
contemplar
Meu achado tão
precioso
E eis a minha
inocente surpresa,
Quando de súbito
reparei,
Que a palavra
que tanto busquei
Com furor e
perseverança
Estava ali, bem
no início
De qualquer livro
infantil.
Mas que seu
verdadeiro significado
Não há como
medir, não com palavras.
Ou gestos. Ou
atitudes.
Ou qualquer que
seja a maneira.
Pois seu real
sentido está em tudo,
No olhar, no
aperto de mão, no sorriso.
No choro e nas
discussões.
Até mesmo no
simples e puro silêncio.
E a esta
pequenina palavra,
Com valor
imensuravelmente sem medida,
Rendo meus
momentos mais especiais.
E assim te
nomeio: Amigo.
(Anderson)
Resposta a um amigo
"Uma poesia
que veio pontuar. E Pontuou, na busca do ponto"
Minha alma
acampa no cume
Do monte da
alegria,
E, no ápice da
mais alta montanha
Do vale da
felicidade,
Da mais perfeita
das palavras,
O amigo que
ressoará para sempre
Em minha
existência
-"O que
responder-te?" - perguntei-me
Ora, tomo da
sapiência da tua
Inefável busca,
E da poesia que
vem pontuar,
E pontua, na
busca do ponto,
Em minha única e
possível resposta:
Amigo...Grande
Amigo...
E que o eco
ocupe o vale todo,
E que siga até
seu encontro,
E já... E
assim...
E sempre...
E ponto.
(Gil Ferreira)
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