Nunca fui bom em fazer escolhas, pelo menos assim presumo. E comprovo isso quando tento pensar nas incontáveis que já fiz na vida, principalmente as grandes, e facilmente me vem à cabeça os inúmeros equívocos que cometi, enquanto as assertivas são tão pouquinhas que dá até pena. Sem contar que quase todas essas últimas vem acompanhadas de dúvidas severas... Hehehe... Tragicomédia. Se for para nomear as "cagadas" que já fiz, puxa... Acho que sequer consigo lembrar da maioria, mas foram muitas e constantes, disso tenho certeza! Perdi grandes oportunidades, desde profissionais quanto de ficar calado. Perdi momentos importantes, moral, crédito, amigos... É... Patético, mas ainda assim triste. Pelo menos para mim.
"Se tomar a pílula vermelha vai ficar no país das maravilhas..." |
Mas o que me fez realmente escrever isso aqui foi um "insight" que tive (e é recorrente até) esses dias. Há pressupostos, passos, uma ordem de processo para que se chegue a uma escolha. Pelo menos nas assertivas esse processo é determinante. E mesmo nos erros cometidos é possível se identificar um padrão gradual que culmina com o dito erro ( ou insucesso, se preferirem). Podemos observar isso facilmente na educação de uma criança. Como pode um indivíduo nascido e criado em um ambiente caótico, infame ou simplesmente inadequado, para uma criança, (leia-se sem noções básicas de ordem, respeito, honestidade,etc) vir a ter a mesma capacidade de escolha do que uma que tenha sido educada em um ambiente dito favorável, rodeada de princípios, conceitos concretos, apoio, etc, etc? Será que em ambos os casos as chances de acertos seriam iguais? Creio piamente que não. Ou, em assim sendo, tudo não passaria de um jogo, e já declarou Einstein que "Deus não joga dados", e dessa opinião compartilho. Definitivamente não creio em coincidências, acaso, sorte. Tudo tem uma razão de ser, um motivo, seja ele aparente ou não.
Voltando à questão das escolhas e seguindo a mesma linha de raciocínio, podemos concluir que o meio (no caso o contexto em que se está inserido) influência diretamente o indivíduo nesse caso, salvo raras exceções, grandes homens e mulheres que destacaram -se em meio as adversidades, fossem quais fossem ( e como regra geral os grandes nomes da história são assim). Ai lanço mais um questionamento que considero crucial: Se as escolhas são inevitáveis ao indivíduo, e se o meio influencia diretamente este último, logo, o meio tem um papel essencial e notório nas escolhas de cada um, correto? E com esse raciocínio em mente, paro para observar o cenário ao meu redor e, invariavelmente fico sem ter nem o que dizer...
A dualidade das escolhas |
Por tudo isso não vejo como não achar estranho estarmos discutindo se a cura gay é absurda ou não, se os políticos devem ou não ser punidos, se os menores devem ou não ser penalizados, ou seja, escolhas SECUNDÁRIAS, quando sequer separamos o lixo reciclável do orgânico, e sequer reservamos tempo para brincar com nossos filhos, que aprendem com o exemplo, e não com o discurso... Quem sabe quando aprendermos a fazer escolhas mais simples, talvez, vai que, quem sabe, de repente, numa dessas, pode ser que aprendamos a fazer escolhas mais "complicadas", como escolher o presidente da nação ou respeitar a opinião de nosso amigo ateu...
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