Muitas
batalhas nos esperam. Muitos motivos para entristecermos.
Barreiras a
serem vencidas, ou perdidas.
E há segredos
para não serem contados. Segredos para serem segredados.
Mas ainda
assim, vale a pena viver.
A estrada é
longa. A vida é curta. O tempo não é aliado.
A história nos
devora. E há sempre alguém nos estudando.
Estudando o
que fizemos, o que fazemos e o que faremos.
E tudo isso é
assustador.
Bem assim, mas
vale a pena viver.
Nos sentimos
perdidos, e achados. Alguém quer nos encontrar, mas não deixamos.
Sentimos
culpa, dor, ódio, medo, tristeza, dúvida. E tudo parece desmoronar. De uma só
vez.
E acabamos
esquecendo de uma coisa: a coroa da moeda.
A contra parte
que nos faz sentir alívio, conforto, amor, coragem, alegria.
E é por isso
que vale a pena viver.
Esquecemos de
querer . Esquecemos de lembrar. Esquecemos de esquecer.
Esquecemos de
errar por querer. Esquecemos de acertar sem querer.
Optamos pelo
fácil, tornando tudo mais difícil.
A idade
avança. O relógio atrasa. A poeira cobre o manto ancestral.
Ainda assim
vale a pena viver.
O passado
adormece. O presente enlouquece. O futuro envelhece.
É complicado
ser simples. Nada espera. Tudo impera.
O amanhã é um mero
reflexo de ontem nas dia de hoje,
Num espelho
quebrado que reflete uma verdade distorcida.
Mas, mesmo
assim, vale a pena viver.
Numa eterna
busca pelo que encontrar, andamos.
Sem
expectativa, mas com uma esperança inexplicável.
Juntos, em um
monólogo coletivo, falamos de nós mesmos.
Com pessoas, e
automóveis, e mesas, e livros
invisíveis.
E vale a pena
viver.
Lemos latim
falando em fé, sem saber no que crer.
Cremos que há
um motivo maior, mas não sabemos e não nos interessa saber qual.
Mentimos por
covardia ou ironia, e até por alegria, mas mentimos.
E tudo acaba
no final, bem ou mal.
Por isso vale
a pena viver.
Nos julgam as
justiças, do homem ou não.
E nos culpam,
nos absolvem, nos condenam. O tempo todo.
Pagamos pelos
crimes que cometemos, e pelas promessas que cumprimos.
Somos
responsáveis pelo que nos perguntam e pelo que não nos respondem.
Mas, ainda
assim, vale a pena viver.
Catástrofes,
cata-ventos, cadáveres, cadastros, cadeados.
Camaleões sem
cores que nos contam como a vida é. Ou não é.
Simples
metáforas que não nos ensinam nada de inculto.
E esperamos
que tudo um dia melhore. Um dia...
E a canção
continua, doce e mortal...Por que deve valer a pena...(Anderson)
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