Mais um ano que se foi, outro novinho acabou de chegar
Um
igual diferente de tudo que já fiz.
Nunca
fui de fazer pedido, não oficialmente.
Sem
nada querer ou desejar,
Inda
que um ávido fogo faísque oculto em meus olhos...
Por
achar sem graça, brega. Superstição até, diria,
Como
desculpa, claro...
E
a bem da verdade, este ano o fiz. Em segredo.
Veladamente
desejei algumas coisas...
...Mas
nada para mim!
Desta
feita, optei pelo altruísmo,
Mas,
de fato, não foram muitos os meus desejos.
Desejei
que na vida dos que me rodeiam haja mais gentileza,
Que
tenham mais sorrisos, abraços, gestos de carinho,
Apoio
e solidariedade,
Mas
que seja de maneira franca e desinteressada;
Pedi
por meus novos (e não muitos...) amigos,
Para
que suas amizades melhorem,
Ou
ao menos que não piorem;
Claro
que também lembrei dos velhos (e não tão poucos) companheiros,
Os
“das antigas”,
Que
eles possam reencontrar uma antiga amizade sincera,
Ou
talvez que ela os reencontre...
Lembrei
de meus camaradas de trabalho,
E
a eles desejei o melhor colega que possam ter;
Também
lembrei de meus chefes,
Que
tenham gente que goste de gente ao seu lado,
Assim
como eles gostam;
Até
dos estranhos não me esqueci nesse dia de ano novo!
Cada
caixa, atendente, cliente, fornecedor, operador de telemarketing...
Que
todos eles possam atender alguém mais cortês e simpático nesse novo ano;
Não
pude deixar de pensar em meus parentes,
Primos
e primas, tios e tias, cunhados e cunhadas, avó, pai, mãe...
Que
eles tenham parentes que os considerem da família,
Não
apenas parentes;
Que
o pai e a mãe sintam orgulho, de verdade, dos filhos,
E
não aflição por sua estranheza e indiferença;
We all need it. Soon or late. |
E
é claro que não podia deixar de pensar nelas...
Desejei
que minha esposa encontre o melhor companheiro do mundo,
Ou
pelo menos um marido melhor;
E
que minhas filhas possam ter um espelho novo,
Que
não seja turvo ou estilhaçado,
Onde
possam se espelhar com confiança,
Sem
medo de verem uma imagem distorcida e apagada.
Enfim,
acho que foi só isso.
E
em verdade...
...Acho
que não foi tão pouco o que pedi... Ou talvez até seja!
Quem
sabe a sutileza de tudo resuma-se a uma palavra:
Mudança.
É isso. Foi um único desejo de mudança.
Quem
sabe venha (se vier...) na companhia de outra palavra,
Esperança.
Que, por sinal, até rima!
Mesmo
assim, ao final,
Creio
ter sido pouco mais egoísta do que queria...
(Anderson)
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