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23 abril 2014

Angelus

Como se a nossa crença (ou descrença)...
Se eu acredito em anjos?
Como não?
Sei até como eles são!
Pequeninos e ligeiros
Armados de travesseiros
Por todos cantos estão

Duvida do que eu falo?
Sem problemas, tubo bem.
Por vezes duvido também!
Mas de nossa vã concessão
Não carecem, nem o vão
É d’Outro o seu amém.


...fizesse alguma diferença...

Brincar, pular, correr...
São levados, bem assim,
Todos eles, vai por mim!
Que assim fazem toda hora
De repente e sem demora,
Flores do meu jardim 


Falar... Não, não falam.
Sua palavra é a canção
Na linguagem do coração
Curando todo o cansaço
Inda mais junto d’um abraço
Qual preces em oração




Tem preto, branco, amarelo...
Ruivinhos de muitos tons
...para sua real existência.
Malandros, sabem ser bons
E ainda assim são iguais,
Perfeitos, nem menos nem mais
Feitores dos meus eons

E pra quem teime em hesitar
Afirmo e ainda garanto
Com propriedade, portanto,
Pois vivo com dois anjinhos
De sete e quatro aninhos
Minhas filhas, meu encanto


 (Anderson)

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