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01 abril 2014

Eu tento

Estes pelo menos são originais, e admitem às
máscaras que usam... 
Eu tento. Juro que tento.
O que me move, entretanto,
Sem dúvida... Ou nem tanto
É esta tal indignação
Que nem sei certo a razão
E que me tirou todo encanto

Dos sorrisos, um rascunho,
Apenas por camuflagem
Social camaradagem
Essas coisas triviais
Tão comum entre os iguais
Das quais não vejo vantagem

Abraços e tapinhas
E elogios exagerados
Paisanos ou engravatados
As máscaras tão convenientes
Alcunhando os condescendentes
Protegendo os desventurados

Às uso sim, com certeza,
Por livre conformidade
Tal qual toda sociedade
Sem ser puro ou inocente
Dos danados descendente
Abjetos da humanidade

Por detrás das máscaras somo todos iguais.
Ou não...
E ao firmar tal pensamento,
Até soa incongruente
Um escriba delinquente
Qual sujo em traje eivado
À falar de um mal lavado
Discursando hipocritamente

Porém esta é a lei do cão
Que medeia esta manada
Nesta rota planejada
Por quem nem ouso dizer
Entenda quem entender
Não há glória na debandada


 Não é por ser mascarado
Que deixo a visão turvar
Pois se esta vir a faltar
Então sim é chegada a hora
Do “venha, vamos embora”
Que confesso até almejar...

 (Anderson)

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