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11 outubro 2013

Provérbios

Dói mais a palavra contida que o verbo espargido
Inda que haja a máxima há muito pensada
Do arremesso da pedra ou da seta lançada
Se o falador der lado ao seu silêncio contido

Pois há os que com as mãos até fazem palestra
E os que com a boca ponderem a existência
Há os tansos do riso e os glutões da demência
E há poetas perdidos, palhaços sem festa

Sem nada a temer pois o medo é bem-vindo
Qual fogo à queimar, selvagem, sorrindo
Mais um combustível que um mero percalço

Assim segue o ciclo da vida escrita à mão
A insaciável vontade da pena do ermitão
Que torna e retorna, seguindo no próprio encalço

(Anderson)

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