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Posso ver no olhar melancólico do homem
Espelhado em sua alma
um claro reflexo
As sombrias penúrias
que a todos consomem
De uma vã existência
sem cor e sem nexo
Atados que estão ao
seu fio prateado,
Percebo a esperança
que tardia se esvai
Em ledas lembranças
de um vago passado,
No torpor de uma
lágrima que rola e cai
Do trato polido nos
âmbitos capitais
Aos mantras sagrados
no altar do templo,
Asseclas pedantes em
suas vis catedrais,
Dos tolos e fracos o
iníquo exemplo
E que é essa sombra
que os olhos me logram?
Estranho embaraço no
corpo do espelho
Ou destino cruel dos
que ao mundo esnobam
Nos versos de um cego
em seu auto conselho?
Silhuetas nuviosas em
tributo a Orfeu
Meneiam morosas um
aceno abatido,
E aos poucos revelam,
a imagem sou eu
Num espelho quebrado
de um parco jazido
(Anderson)
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