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26 dezembro 2013

Impressão

O que me atrai em ti são os olhos...
"The time...
Pequenas janelas voltadas ao que há de tudo
Cujas cortinas secretas  do pensamento
Encobrem os mistérios ocultos em tua mente

Tua face me surpreende...
Devagar, observo os finos traços de teus lábios
Suaves como se moldados por eras de paciência
E, brevemente, invejo o autor de tão sublime obra

Me faz calar ao ouvir tua voz...
Qual melodia, se faz sentir sem dar escolha
Dominando  minh'alma  a bel prazer
Como se dona e senhora do meu pensar

...it does not...
De tuas mãos almejo o toque...
Delicado ou rude, tapa ou afago, não importa
O simples contato faz eterno o breve instante
Numa eternidade finita para todo o sempre

Na tua pessoa me encanta o ser...
O ser que do fugaz olhar dos tolos se esconde
E somente se revela aos corações imaculados
Com seus nobres atos de total simplicidade


...back again."
E o que mais me cativa não é o que sei...
É justamente o que não sei, e então me ponho a pensar
Se o pouco que conheço de ti me impressiona tanto
Que de mim se em posse de teus mais belos segredos?

(Anderson)

15 dezembro 2013

Os 3 Espíritos de Natal... Ou quase isso

Ebenezer Scrooge: "Agora chegou sua hora,
chegou sua vez você vai pagar..."
Bem, essa não é exatamente a clássica história de Ebenezer Scrooge, o velho avarento e malvado que tem uma segunda chance quando é visitado pelos espíritos de natal do passado, presente e futuro. Em verdade, o título dessa postagem poderia muito bem ser apenas "Espirito de Natal", pois é desse "mito" que quero falar um pouco aqui. Mito, relativo à fato histórico ou lenda mesmo, pois o espirito natalino parece realmente estar morto, ao menos aquele de que me lembro quando era criança, isso não muito distante, há apenas uns 25 ou 30 anos atrás. Claro que não vou fingir que minhas lembranças natalinas de infância são todas lindas, maravilhosas e perfeitas. Infelizmente não há como apartar as memórias ruins das boas. Não dá simplesmente para apagar, por exemplo, aqueles momentos no mínimo constrangedores em plena reunião familiar (clássica...), quando a maioria dos parentes estão bêbados, contando piadas infames (muitas vezes sem graça), rindo e gritando asneiras todos de uma vez. Sem falar nas eventuais confusões ou brigas ocasionadas por algum "gambá" mais intrépido. Mas... Na medida do possível, procuro não me ater à estas lembranças desagradáveis, cujas quais inclusive atribuo grande parcela dos "créditos" da marcada característica anti-social que possúo.
No entanto, o que realmente despertou em mim a vontade de explanar algo sobre o natal aqui, foi um post com o qual me deparei outro dia no famigerado facebook. Resumidamente ele dizia que somos hipócritas por achar um absurdo ter que explicar aos nossos filhos o que é um casal homossexual ao passo que achamos normal explicarmos o que é o Papai Noel. Detalhe é que não citava o nome Papai Noel em momento algum, havia apenas uma foto de fundo dele no post em forma de cartão,  e a referência à ele era "um homem imortal em uma roupa vermelha que mora no polo norte e viaja o mundo inteiro em uma noite num trenó puxado por renas mágicas voadoras". Ok. Obviamente quem postou isso originalmente é claramente à favor do homossexualismo, e por mais que me coce os dedos, não vou entrar no mérito dessa polêmica contemporânea. O que me chamou a atenção de fato foi a maneira com que a pessoa abordou o mito do Papai Noel. Não me lembro ao certo quando deixei de acreditar no bom velhinho, provavelmente com uns oito ou nove anos, talvez aos dez,  mas sei que na tenra idade eu acreditava. Hoje, uma criança com esta faixa etária que acredite em Papai Noel é considerada praticamente uma aberração, tanto por crianças quanto pelos adultos. É sim, não é exagero! Talvez não seja regra geral, até porquê sempre há exceções, mas na grande maioria dos casos é assim que funciona, e a prova cabal disso é justamente essas manifestações nas redes sociais como o post que citei acima, ridicularizando uma tradição milenar em prol de uma ideia modernista deveras controversa, numa espécie de manipulação da opinião pública com base em tendências modais tão tênues quanto os argumentos que alicerçam sua estruturação.
Se apreciar boas fábulas é ruim, me considero
um verdadeiro pervertido
Não vejo essa questão simplesmente como uma mera opinião, onde alguns são contra e outro são a favor. A raiz do problema ( admitindo que seja um problema ) é muito mais profunda do que aparenta. O fato mesmo de começarmos a pensar que o Papai Noel é apenas um tipo de mentira descabida e fantasiosa que contamos aos nosso filhos, e que nossos pais contavam para nós, e assim sucessivamente com nossos antepassados, demonstra como os valores e princípios morais que norteiam nossas vidas estão sofrendo mutações drásticas e, ao meu ver, perigosas. Drásticas porquê as mudanças são tão gritantes que chegam a assustar à quem para para observar, numa velocidade jamais vista antes na sociedade humana. Perigosas pois a inversão de valores se tornou algo tão comum e banal quanto mudar o canal da tv, onde aquilo que não nos agrada aos olhos simplesmente é descartável. Sou redundante novamente ao dizer, como em outro post mais antigo aqui no blog, que estamos nos tronando cada vez mais superficiais, não temos visão analítica, não temos nem queremos ter paciência para pensar, somo filhos do imediatismo, o qual invariavelmente e obrigatoriamente nos presenteia com diversos "dons", sendo um deles a cegueira. Nos tornamos cegos para tudo que cause algum desconforto, seja emocional, comportamental ou físico mesmo. Evitamos a "fadiga" de ter que avaliar se aquilo que nos dizem é, no mínimo, plausível. Opinião? Pra que, se temos televisão? "O google é o meu pastor, e nada me faltará", lembrando uma piadinha infame que um amigo me contou la no tempo da faculdade ainda, quando a internet nem era tão...Tão isso que é hoje.
Acho interessante nos atermos à estes conceitos novos que estão nos apresentando às toneladas todos os dias, principalmente no que concerne às crianças. Mas acho ainda mais interessante (e assustador!) como não vemos ( olha os cegos imediatistas ai...), e na verdade sequer nos damos conta de como tudo está relacionado. A velha lei da ação-reação, ato-reflexo, causa e consequência. Peguemos as crianças como exemplo, já que as citei. Considero de suma importância a educação infantil, principalmente até os sete anos, que seria o período mais contundente na formação da personalidade e do caráter da pessoa, segundo especialistas. E o que vemos hoje em dia é aterrador, para não dizer outra coisa, quando observamos o comportamento das nossas crianças por ai a fora. Todos se entristecem e se chocam (não o suficiente, eu diria pelas reincidências que não cessam) ao presenciar uma criança mal-educada, birrenta, mal criada, e afins dando o seu show. No entanto, poucos de nós nos damos conta de como nós mesmo somos os influenciadores, os formadores desses pequenos futuros grandes problemas. Sim, pois se achamos a coisa mais normal do mundo que eles assistam novelas, filmes violentos e desenhos inapropriados ( na nossa companhia ), se achamos que não tem nada de mais em criar uma conta de rede social para uma criança de seis/sete anos, se não impomos limites de horários ( nem para dormir!), se dar uma palmada corretiva é crime, se ensinar um labor é abuso ou escravidão, se entupir de brinquedos é o mesmo que dar atenção, se achamos que tem que ir para missa ou para o culto mas nunca paramos para fazer uma oração sequer junto ao pé da cama com eles, se saber o hit do Michel Teló é legal e não saber a tabuada é normal... Bom, sinceramente minha gente, tem algo de muito errado em tudo isso. As crianças estão perdendo a inocência. Na verdade estamos comprando, roubando a inocência delas, trocando por tablets, note-books, video-games e celulares.
Não há mais crianças precoces, o que existe é uma cultura pop (podre) "teen" precoce. É claro que, com essa premissa e com grande parte da sociedade apoiando, fica muito mais fácil explicar à uma criança que uma união homossexual é apenas "duas pessoas (do mesmo sexo, se alguém ainda não sabe...) que se amam" do que ter de se esforçar um pouco para contar-lhe uma fábula inocente sobre um velhinho que presenteia às crianças (que se comportaram) de todo mundo, dando à criança a oportunidade de se familiarizar com a importância de sentimentos como o de partilha, altruísmo, benevolência, amor, compaixão, etc. ou seja, sinalizando como uma bússola moral, que com certeza influenciará na formação do caráter da pessoa. Obviamente, coloquemos o materialismo no seu devido lugar, aos apressado que possam vir com seu discurso de que "natal e Papai Noel são apenas agentes do consumismo moderno". Você precisa realmente dar aquele i-phone para seu filho? Por que não experimenta dar um carrinho ( nem precisa ser hot-wheels) ou uma boneca de pano? Isso dá trabalho, sabe, fazer algo útil. Temos que usar a imaginação, e instigar a deles. Dá muito mais trabalho do que simplesmente desvelar toda uma realidade que, de uma maneira ou de outra, virá à tona, mas ao seu tempo.
Cuidado: Cenas fortes...
Não apressemos as coisa. Não há necessidade de pular etapas. Como já disse um sábio uma vez: a natureza não dá saltos. Tudo tem um tempo de ser. Não há mal algum em montar uma árvore de natal junto com seu filho, ligar um "pisca-pisca", montar um presépio, cultivar a lenda do Papai Noel, desde que tenha um sentido, um fundo, um propósito real e nobre. Não vamos incutir em suas cabecinhas indefesas os mesmo problemas e medos com que temos que lidar agora que somos adultos. Não vamos substituir a pureza, a inocência das crianças por qualquer outra coisa que seja, pois não há equivalente! Acreditem, o brilho no olhar delas ao ouvirem uma história do Papai Noel, sobre seus feitos, a cartinha para ele contando que se comportou, é algo que não tem preço, mas exige um mínimo de esforço de nossa parte enquanto pais ou responsáveis. Então, se me pedirem o que é mais fácil, explicar à uma criança sobre um casal gay ou o Papai Noel... Bom, vocês já sabem a minha resposta.

05 dezembro 2013

Doideira, só que com um detalhe: Doideira pura!

Esse "texto" redigi há uns dez, talvez onze anos atrás. Logo, algumas referências "pop" são referentes à época. Apenas para  esclarecer à quem vier a encontrar, além das discrepâncias lógicas, algumas discordâncias temporais. E boa leitura! rsrsrrs



Doideira, só que com um detalhe:
Doideira pura!

Aaaaah... Que sono! Estou tão cansado... Parece que dormi uns 13,2254 dias. E meio. Pudera, depois de ter comido toda aquela colherada de nuvens amanhã à noite! Mas valeu a pena! Ainda posso sentir o gostinho em mina perna. Se bem que Cabral estava meio verde depois de contar a historia de seu Machado. Há!... mas que  Assis! Pensei que havia alguém doente, pois eu estava muito bem. Mesmo assim o jogo estava ótimo, pois cheguei atrasado apenas uns oito séculos e ainda pude assistir o Chaves.
Porcaria! Parece que não tem mais sucrilhos. Vou ter que ler umas janelas. Talvez assim o Verdão seja campeão asiático novamente. Afinal, como diz ser o ditado, "quem cedo não leu, do que nunca". Bem, deixa pra lá, pois pra cá já está vazio. Talvez meu gato saiba quem descobriu o Canal da Mancha:
"Eu vou, eu vou..."
— Hei, Topo Giggio! Vem cá! Que horas são? O quê? Ora, como não sabe falar?! É só ler o manual, está tudo em koreano! Ah! Quer saber? Pois não vai, só pra aprender a não abrir conta em banco na Suiça! Seu ornitorrinco estúpido!
Mas também, só eu para dar atenção à esse pé de mesa. Ele só fica cantando aquelas músicas ridículas do Bóris Karloff. Não vou mais  pagar seu curso de terrorismo por correspondência. Se quiser que faça  com açúcar mascavo! Não se pode mais nem confiar nos próprios extra terrestres... Mas deixa estar! Quando o Van Damme se eleger, vou capinar toda a minha horta. Isso se as marmotas não comerem todos os pés de Rufles que eu plantei no banheiro! E não quero nem saber se os vizinhos não tem internet, pois eu não vou ficar andando de bicicleta só para economizar querosene. Dane-se o apagão, vou acender todas as panelas de adamantium.
            Sei muito bem o que vou fazer agora. Apenas não me lembro... Ah, sim. Já estava quase lembrando. O microondas está com crise de identidade de novo. Mas é muito fresco mesmo! Não vou poder lavar minha galocha mais uma vez. Acho que vou encomendar  uns três pares de Âmber-vision, talvez assim resolva o problema. E se não resolver, vou ter  que apelar para fiança, pois não vou a julgamento nem a pau! Já viu quanto tá o juro bancário? Dá pra comer num restaurante nordestino durante uns quatro episódios. Isso se a novela não acabar em casamento, pois daí vai decidir só no Ratinho, com teste de FMI. Mas sei que isso não é o suficiente, pois ainda tem a consulta do Herby, ele tem dentista às 37:77 hs, no dia de ação desgraças, pois já não agüento mais aquelas frieiras, está caindo todo o cabelo dele.
            Mas que estranho... nunca vi este elefante por aqui antes. Deve ser o novo vizinho. Vou dar as boas idas:
            — Olá. Você é feio assim ou tá com dor de olho? Quê? Não entendi, será que você não consegue falar como um elefante medíocre normal? Tira essa porcaria da frente da tua cara e pare de palhaçada! Opa! Como é que é??? Enfermeira do Funk é a tua mãe, seu paquiderme. E mais cuidado, mal educado! Não precisa responder com essa grossura toda. Ah, sabe de uma coisa? Eu vou é pescar, pois o céu hoje está claro e parece que vai chover. Passar mal.
            Ah! Bicho mais sem graça. Deixa ele vir pedir para eu coçar suas costas, para ver se eu não tenho a coleção completa de figurinhas do He-Man. Não adianta. Só atrasa. Pois, como diria Hitler, "quem com ferro em pedra dura, serão os primeiros".  E nem os Moicanos vão conseguir interromper a chegada na lua, pois o Banco Real dá 103% de desconto no cheque espacial. Isso quando se fala em bom portunhol, pois assim até a Globo vai passar desenho japonês.

"Numa boa legal..."
            Aaaaaah!... Sono... Acho que vou levantar. Não agüento mais os olhos de cabra. Já sei! Vou fazer um eclipse, mas primeiro tenho que ver se a maré está baixa, pois não tenho aula de esgrima. Mas se o Hércules não se manifestar agora, que cale-se enquanto o outro burro fala. Nem que para isso eu precise cavar um assoalho de mármore sobre o Fujiyama. Tanto que, quando o Tio Sam disse "diga ao povo que os alemães ganharam a concorrência do IBOPE", ninguém quis pilotar a McLaren, com medo que a marinha derrubasse os Jardins Suspensos do Ceará. Mas, o mais engraçado é o meu colega de quinto, que fica o tempo todo fazendo coisas totalmente anormais. "Imaginem todas as pessoas vivendo a vida em paz", quero dizer, imaginem que ele diz ter um emprego, uma namorada, um carro, vai ao cinema, joga futebol (que insano!) e... pasmem, ele fala inglês! Tenho até medo de dizer, mas acho que ele é louco! É isso aí.  Assim que eu terminar, volto para contar até 222.252.236,001254 em egípcio. Sayonara!

(Anderson)