E as âncoras tantas que prendem a nau
Alojam-se ao fundo do flúmen sem vau
Trazendo à tona esfinges prementes
Com a proa elevada à lambiscar o vento
É sensível a estranheza, de tão objetiva
Nesta nave corpórea que vaga à deriva
Querendo alçar-se e ganhar firmamento
Com as últimas âncoras o barco peleja
Pela vã liberdade que tanto almeja
Buscando os ares ao invés do oceano
Sem saber o que o espera do lado de lá
Apenas imagina que pior não será
Do que esse tormento bravio e insano
(Anderson)