O olhar delicado, o
amor integral
Quem tiver entendimento, que entenda... |
Um susto engraçado, o
amparo maternal
Beleza que não se
descreve em palavras
Sensações novas, momentos
sem igual
Instantes primeiros
de um nascer conceitual
E depois... O que
será?
Corridas gritadas sem
motivo ou noção
Choros manhosos, de
dor ou emoção
Joelhos ralados com
jeito de troféu
No colo do pai sempre
há proteção
Brincadeiras e jogos
de imaginação
Então... O que será?
Revolta sem causa ou
mero pretexto
Problemas infames,
amores de contexto
Tudo em um tom
radicalmente romântico
Em meio a acnes e
discursos sem texto
Tão frágil e ocioso
qual um ano bissexto
Mas e ai... O que
será?
(...) |
Sonhos palpáveis de
horizonte tangível
Amores reais plagiando
o incrível
A força da vida em
latente euforia
Fazendo até troça do
tal impossível
Quando tudo parece
provável e plausível
E em seguida... O que
será?
O auge esmerado das
realizações
Ou então o cansaço de
mil frustrações
De muitos são seus
anos dourados
Para outros desengano
e decepções
E à todos o peso de
muitas estações
Ainda assim... O que
será?
Cabelos de algodão e
pele franzida
Doces sorrisos,
memória esquecida
Os anos pesando e
fazendo corcova
Prédica sábia sendo
até proferida
Ou tristes balbucios
de uma despedida
Mas... E depois... O
que será?
(Anderson)
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