Que
a mais bela palavra erudita
Sequer
do alfabeto careça
E
tampouco careça ser dita
Imersa
em um mundo abstrato
Nascida
do anseio da mente
Dispensa
arremate ou bom trato
É contexto
daquele que sente
Sem
ter pronúncia ou sonância
Que
valide a sua existência
É
inegável sua importância
Na
origem da própria essência
Invade
sem ordem ou pedido
Pensamentos
e corações
Conforta
o desiludido
Permeando
suas orações
Dos achegos
se torna o olhar
Em linguagem
de mil sentidos
Na essência do contemplar
E dos sorrisos descontraídos
Sentença
do amordaçado
Harmônica
das sepulturas
Ao
criador serve em reinado
Inspiração
das criaturas
Por
mais que rebusque um sentido
Uma
prova real e plausível
Não
existe um nexo escondido
Não
se pode dizer o indizível
Mesmo
assim, parvos que somos
Nominamos
o inominável
Ao invencível
nos opomos
E limitamos
o ilimitável
Se a
palavra, em sua forma materna
Tem poder
e até pode criar
É o silêncio
a figura paterna
O igual
essencial deste par
E por
vezes me vem à cabeça...
Pensamentos
já recorrentes
Então
pra que assim permaneça
Eu
sigo a favor das torrentes